As acusações do Presidente da República de que a imprensa “se comporta como partido político” mexeu com muitos jornais e revistas do Brasil. Especialmente com a Folha e o Estadão,  que usaram os seus  Editorias para responder e/ou atacar as críticas do Presidente. Na Folha, o Editorial saiu “Todo poder tem limite”; no Estadão, “O mal a evitar”.

        Tudo começou com um entrevista dado pelo Presidente Lula ao portal Terra numa quinta-feira ( 23/09 ). Na entrevista, o presidente discorreu sobre vários assuntos. Mas uma declaração teve mais repercussão: “a imprensa deve assumir que tem candidato, que deveria deixar de vender uma neutralidade disfarçada”.

      A disputa eleitoral 2010 está, sem dívidas, sendo marcada pelo confronto Estado e Imprensa. É uma guerra aberta no campo de batalha da própria imprensa. Os Jornais dão destaques a manifestações oposicionistas, com apenas referencias negativas ao Governo. É uma luta contra uma suposta tendência autoritária do governo. São denuncia contra o cerceamento a liberdade de imprensa. Do outro lado, o Presidente Lula, o PT e a Candidata Dilma, declaram que estão sendo perseguidos pelas empresas de comunicação.

       Essa crise dá margem para que toda a sociedade questione ainda mais o papel da imprensa. Tem-se um quadro onde a imprensa reclama da falta de liberdade em um ambiente de total liberdade.  E todas essas discussões apenas gera um debate artificial em torno da liberdade de imprensa no Brasil.

      Transparência,  deveria ser o grande debate estabelecido.  Pois, a exigência de transparência na esfera pública deveria ser visto como um bem para todos. Exigir transparência  é saudável para os governantes e é igualmente saudável para os que destes cobram diuturnamente transparência. Nem o governo deve enganar os governados nem a imprensa deve enganar os  seus leitores, ouvintes, telespectadores.

      Foi bom para todos o fato  de o jornal Estado de São Paulo ter assumido seu apoio ao candidato José Serra. Com isso, os leitores saberão de antemão qual o perfil político-partidário dos veículos que saciam suas mentes e seus corações com grande quantidade de opiniões, informações, fatos e o filtro ideológico que utilizam para cumprir sua função de comunicação.  Buscar a verdade onde quer que ela esteja é obrigação.