Em Goianinha, briga entre vereadores leva presidente da Câmara à DEICOR
Desde que fora convidado, pelo prefeito Júnior Rocha, à deixar a bancada da situação, o vereador Alexandre Veras vem levantado a bandeira oposicionista. Uma das novidades do mandato do vereador vem sendo a fiscalização das ações administrativas da Câmara Municipal de Goianinha. Veras inclusive cobrou explicações sobre o caso do motorista do presidente por ser locado no poder legislativo e executivo, conforme noticiado neste Blog.
Como contra ataque, o ex-prefeito Dison, no último dia 10 de abril, em uso da tribuna, alegando ter recebido um e-mail de uma senhora, acusou o vereador Veras de fazer parte do mundo do crime. "Esta senhora me mandou um e-mail, e eu não vou ler. Mandou um e-mail, me chamando atenção de um relatório que tem na Delegacia Geral de Polícia Civil, DGPOL, da Divisão Geral de Combate ao Crime Organizado, DEICOR, que eu não vou ler. Porque eu acho que eu preciso respeitar vossa excelência e a família de vossa excelência. Mas, apenas um trecho que eu achei mais ameno. O mais ameno, senhor Alexandre Veras. Isso aqui foi feito pela DEICOR, o senhor Alexandre possui contatos com o mundo do crime. Chegando inclusive a apoiar a ação de infratores da lei que atuam na região. Tá aqui em papel timbrado da DEICOR", anunciou o presidente da Câmara.
Na semana seguinte não teve sessão por conta da semana santa. No dia 24 de abril, o vereador Alexandre Veras subiu à tribuna para esclarecimento. "Poderia estar aqui hoje para continuar com a minha linha de atuação fiscalizando a presidência desta Casa ou até mesmo de questionar os gastos exorbitantes da Festa da Padroeira, onde menos se fala é o nome da santa. Mas o que me traz aqui hoje, infelizmente, é para me defender das acusações maldosas do presidente Rudson. Só para esclarecer, fui na Deicor uma única vez para depor no caso em que o então prefeito Dison era o principal mandante de assassino do senhor Junior da Constred. Passei lá quatro horas sendo interrogado. E em resposta as acusações, está aqui, em papel timbrado. Voltei a DEICOR para averiguar as acusações. Vou ler um trecho: Certifico, também que não existem quaisquer procedimentos investigatórios contra a pessoa de Alexandre Veras e que será aberto inquérito policial para apurar possível crime cometido pela pessoa de Rudson Lisboa na data do dia 10 de abril e uso indevido do nome dessa Divisão", palavras do vereador Veras.
E o debate não parou por aí, a sessão do dia 24 seguiu com as acusações pessoais de ambas as partes. O que era para ser um debate político, que não deveria ser nenhuma novidade já que estamos numa democracia, ficou recheado com acusações de cunho pessoal entre os dois vereadores. Todos os discursos do dia 24 de abril podem ser conferidos na página da Câmara Municipal de Goianinha no YouTube.
Opinião do Blog:
Além do tom do debate entre os dois vereadores e o nível do discurso que o blog prefere nem mencionar, na sessão em questão um detalhe chamou a atenção. Na ocasião do pronunciamento do presidente os ânimos
mais exaltados na galeria eram do corpo de servidores daquela Casa. Isso mesmo, os servidores da Câmara Municipal de Goianinha eram os que mais vibravam com a fala do presidente. Lógico que não foram todos, apenas a maioria. A pergunta que não pode passar em branco é, isso está
certo?
Bom, se levarmos em consideração o fato de que esses servidores foram escolhidos, a dedo, pelo presidente a resposta é sim. Ora bolas, eles precisam mostrar 'serviço' para o presidente. Já que seus
empregos foram ofertados por ele. Não esqueçamos disso.
No entanto é bom lembrar, que se estivéssemos num país sério que respeitasse os atos democráticos e o respeito profissional, é lógico que a resposta seria negativa. Ora, onde já se viu, eles foram contratados para servir aquela instituição pública e NÃO para servir de plateia para o presidente. Uma ponto dos discursos o blog concorda, Goianinha merece mais! Outro ponto que o blog destaca, foi a observação no final da sessão de uma famosa professora do município. Em conversa, a tal professora destacou o ato democrático que Goianinha vem passando. Vale lembrar que o município não via algo desse tipo há 12 anos. "É isso aí mesmo. Isso se chama democracia! O debate é super válido e importante para o nosso município", declarou para quem quisesse ouvir.
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