Um goianinhense no Japão

terça-feira, março 22, 2011 pHablo Galvão 2 Comments

Na última sexta-feira (11/03) um terremoto de 9 graus de magnitude, seguido do tsunami, atingiu  a costa nordeste do arquipélago do Japão. As notícias da tragédia logo ganharam o mundo. E o que mais impressionou foi a quantidade de imagens exibidas, por todos os ângulos, da grande onda invadindo as cidades japonesas. O número de mortos já ultrapassam 17 mil.  E se não bastasse, agora aquele país vive sua pior crise nuclear.
Uma das principais preocupações deste lado do oceano são com os familiares que se encontram naquele  país. E o Blog Phablogalvao.com encontrou um jovem estudante, natural de Goianinha-RN, em férias no Japão. Geovanny Olimpio Gonzaga, 16 anos, está passando férias no país do sol poente desde o dia 29 de dezembro de 2010. O estudante foi visitar sua mãe, que há cinco mora por lá. 
Geovanny, tem residência fixa no município de Goianinha, no bairro Cohab, filho de Geoval Pires Gonzaga e Maria Elizelda Olimpio Wakimoto, só consegui o visto de turismo japonês no final do ano passado. O estudante considerou uma grande sorte está numa região que não foi afetada pelo tsunami. "Tive sorte, aqui onde moramos, não foi afetado pelo tsunami, só sentimos o terremoto. Naquele dia (Dia do terremoto), eu iria para Tokyo, especificamente para a cidade de Saitama (cidade ao lado de Tokyo) para um show do Iron Maiden, mas desisti na última hora, a tarde aconteceu a tragédia", lembra o estudante.
Logo que se sucedeu a tragédia, o jovem estudante contou que ficou impressionado com a desenvoltura dos japoneses. "Eles fazem treinamento desde quando são crianças, são ensinados ainda na escola a como reagir em terremotos. Agem tranqüilamente". 
O estudante goianinhense está de visita na residência da sua mãe, que fica na cidade de Chiryu, localizada na província de Aichi, no interior do Japão. Apesar de ser interior, a cidade contou, em 2007, 68.413 habitantes, vivendo cerca de 2.937 brasileiros. (Dados do Departamento de planejamento da cidade de Chiryu, no Japão: http://www.city.chiryu.aichi.jp/0000002289.html )  Lá os tremores, segundo o próprio estudante, foram leves. "Graças a Deus, aqui, os tremores foram leves e não causaram grandes estragos".
Geovanny contou que não chegou a ter medo e ainda como reagiu na hora do tremor. "Desde os meus primeiros dias aqui no Japão, eu já sentia alguns tremores. Então, na hora, fiquei calmo e segui o que os japoneses recomendam. Naquele momento, estava sozinho em casa, minha mãe estava trabalhando. E logo que ela soube do tremor, ficou muito preocupada, pensando que poderia ser O Grande Terremoto aguardado pelo Japão. Como nada se confirmou, ela ficou calma". Geovanny retorna para a sua terra natal no final deste mês.
O Grande Terremoto, ao qual o estudante se refere, é uma teoria, que faz o Japão se preparar para lidar com esses grandes abalos. Essa teoria foi apresentada em 1976 sob o nome de Terremoto Tokai, defendendo que a área que dá o nome a região, onde fica a cidade de Shizuoka, está sujeita a ser foco de um tremor de grande magnitude a cada 100 ou 150 anos. Essa possibilidade gera uma preocupação permanente dos japoneses, pois o "Grande Tremor" devastaria o país todo. 
*Reportagem com informações dos portais Folha.com e g1.globo.com 

2 comentários:

  1. Força para todos que moram no Japão. Energias positivas para todos eles!!!

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  2. Parabéns pelo blog,vc com certeza será um excelente jornalista, pois já demonstra uma capacidade muito grande de conquistar o leitor, com textos muito bem escritos e muita clareza do que fala.

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